4 de abril de 2011

História cabeluda


Ai o JUCA!!!
Por conta da expectativa, a medida que ele vem se aproximando parece que demora ainda mais, chega o natal mais não chega esse bendito corpus crist.
Mais em quanto ele não vem, em um ato de crueldade desse caranguejo que vos fala, relembro uma matéria escrita por Claudio Longo para a revista digital salseiro em 29/05/2009
Na matéria ele relata um momento histórico para a Comunicação Metodista, a criação de um hino que até hoje esta vivo em nossas arquibancadas.
O texto fala por si só, vale a pena acompanhar e ficar com mais vontade de que chegue logo esses grandiosos quatro dias. Mais um post da série "Pelo Aluno"



Coleção de camisetas da metô 
Junho está chegando. Mês de frio e muito trabalho, mas com um feriadão no   meio: o Corpus Christi. Do alto dos meus 28 ‘córpuscristis’, aproveito essa pausa atualmente para descansar. Mas nem sempre foi assim.

Entre os longínquos anos de 1999 e 2003, os dias que antecediam esse feriado eram de imensa expectativa para mim. E tenho certeza de que pra a maioria dos meus amigos. O motivo é simples: todo Corpus Christi tinha JUCA. E continua tendo!

Para quem é da área, os Jogos Universitários de Comunicação e Artes são imperdíveis. Cinco dias (sim, quem chega quarta-feira já consegue aproveitar o início da viagem nos alojamentos) de muita diversão, novas amizades e muito, muito espíritoroots.

Dizer que qualquer um vai adorar ir ao JUCA é uma falácia. Quem já foi de alojamento, sabe do que estou falando. Pelo menos na minha época, era incrível como conseguiam sujar os banheiros nos primeiros minutos da viagem. Xixi até a canela e marcas marrons das paredes ao teto.

Nunca entendi o motivo de tanta gente supostamente inteligente e educada perder a noção e fazer isso com um banheiro de colégio. Mas o JUCA era tão bom que valia o sacrifício de habitar por alguns dias um ambiente totalmente inóspito.

Em 1999, eu ainda era bixo na Metodista. Minha ida ao JUCA foi o ponto de partida para eu transformar colegas de faculdade em amigos para o resto da vida. Foi na convivência do JUCA, em Avaré, que deu para separar ‘homens de meninos’.

A cor laranja não era tão popular assim no século passado. A Metô tinha torcida menor do que algumas outras, quase nunca ganhava os jogos, mas sempre fez bastante barulho. Éramos chamados de garis com desprezo, mas um belo dia compramos um monte de vassouras e luvas no mercado e transformamos uma humilhação em mais uma marca registrada da Metodista.

No ano seguinte, não sei exatamente a razão, mas aumentou muito o número de representantes da Metô. Já éramos umas das maiores, se não a maior torcida, mas continuávamos sem ganhar quase nada.

Mas foi em 2001, em Serra Negra, que aconteceu o auge do JUCA, pelo menos pra mim. Eu já estava no terceiro ano de jornalismo e conhecíamos bastante gente de outros cursos da faculdade, principalmente de relações públicas.

Foi num dia inocente, dentro do alojamento, naquela hora entre os jogos e a balada, que seria ‘composto’, meio que muuuuito sem querer, um hino para a Metodista. Estávamos numa turma de pelo menos dez pessoas, cantando tudo o que viesse na mente.

Foi aí que João Paulo Soares, um grande amigo torcedor do Guarani (parece piada, mas não é), veio com um canto do seu time. Ouvimos aquele monte de palavrões, adaptamos pouquíssima coisa para ter a ver com a Metô e cantamos.

Se o mundo fosse um pouco justo, as pessoas à nossa volta seriam todas surdas naquele instante. Mas elas não eram e, pasmem, o nível etílico do alojamento caranguejo era tão alto que, em questão de cinco minutos, a música estava sendo entoada por todo o alojamento. Nas escadarias, nas salas, no banheiro...

Aposto que as meninas no começo devem ter achado uma canção nojenta. Mas cantavam, no início com vergonha, depois mais confiantes. E logo mais já estavam se esgoelando, roucas de tanto berrar.

Estava inventado o “B... Cabeluda”, que hoje é ensinado de veterano para bixo, de geração em geração. Muitos teriam vergonha de ter participado desse causo, mas eu me orgulho. E o pior é que é verdade, eu participei de um momento histórico da Metô e não tinha noção disso na hora.



Sempre que lembro do JUCA, só boas recordações me voltam à mente... O quadro do Menudo com a formação original (quem é das antigas sabe do que estou falando), o protesto contra cerveja Primus no alojamento, o domínio do coreto da praça em Serra Negra.

O JUCA era tão legal, e é até hoje, que eu fui nos quatro anos nos quais estudei na Metodista e ainda, de quebra, fui em 2003, como ‘Velha Guarda da Metô’. Deixou grandes histórias, mas esta do “B... Cabeluda” é a mais marcante pra mim.


 Claudio Longo, 28 anos, é jornalista formado pela Metodista, editor-chefe da Salseiro e tem saudade dos tempos de JUCA
_________________________________________________________________










Nenhum comentário:

Postar um comentário